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  • laborator03

Criação de histórias sobre a Revolução Francesa e a Era Napoleônica

Atualizado: 3 de mai. de 2021

"Criatividade é a inteligência se divertindo" - Albert Einstein

Esta frase de Einstein ilustra muito bem o que os alunos do 8o ano do Colégio Objetivo Itatiba tiveram que trabalhar em uma atividade da aula de História. Nesta tarefa, os alunos puderam associar a inteligência com a criatividade ao criarem textos envolvendo alguns dos personagens históricos que viveram no período da matéria estudada em sala - A Revolução Francesa e a Era Napoleônica.


Lista de personagens:

- Rei Luís XVI da França;

- Rainha Maria Antonieta;

- Maximilien Robespierre;

- Napoleão Bonaparte.


A tarefa foi optativa e trouxe resultados bem criativos e interessantes. Vale lembrar que a ficção-histórica é um gênero muito importante nos dias de hoje, tendo como expoentes Bernard Cornwell, Ken Follet e Conn Iggulden, entre outros. A criação destas histórias é baseada nas fontes históricas, mesmo que muito da trama seja construída envolta da criatividade do escritor.


Napoleão Bonaparte com 23 anos


Confira o resultado desta divertida tarefa:


***


Antônio, o camponês


Antônio era um camponês humilde que vivia na França desde seu nascimento. Ele era bem conhecido entre os camponeses, pois tinha conhecimento sobre a agricultura um pouco mais avançado do que os outros. O forte da sua plantação era o tomate e a batata que também eram os mais lucrativos para o jovem.

Mas o que atrapalhava um pouco era a autoridade. O rei absolutista da França naquela época era Luís XVI. Antônio e outros camponeses não concordavam em nada do que o rei dizia, pois ele dava mais atenção ao “Primeiro Estado” e ao “Segundo Estado”, deixando o “Terceiro Estado” (estado onde os camponeses estavam) de lado. Um dia, um grupo de camponeses acompanhado por Antônio, decidiram protestar na frente do palácio com a intenção de pedir igualdade na sociedade. Justamente naquele dia o rei acordou mal-humorado, capaz de fazer de tudo para obter paz, quando um guarda do palácio bateu em sua porta. Ele falou:

- Abra a porta!!

- Com licença Majestade, há uns dez minutos percebemos a presença de alguns protestantes na frente do palácio. Eles estão gritando querem igualdade na sociedade.

- Esse bando de camponeses quer tirar a pouca paciência que tenho?

- Então senhor...eles falaram que não vão sair dali nem mortos! – disse o guarda com medo da reação do rei.

- Ah eles não vão sair? Vamos ver isso.

Luís XVI, muito estressado, deu ordem para prenderem todos na Bastilha, espécie de prisão do rei. Com essa ordem os guardas prenderam os camponeses incluindo Antônio.

O jovem camponês ficou preso por um ano. A bastilha era suja, com cheiro de mofo, comidas muito ruins e os prisioneiros eram tratados como escravos. Até que, em 1789, os Sans-culottes invadiram a Bastilha, libertando os prisioneiros. Eles se armaram com as armas do local. Foi assim que começou a Revolução Francesa, paralelamente à liberdade que Antônio conseguiu ao fugir da Bastilha.

Texto de Enzo Camargo Rampazzo


***


Meu casamento


Querido diário, tudo começou quando minha mãe decidiu me usar como um ‘peão’ no jogo político para conseguir uma aliança com a França. Foram realizadas muitas negociações para que Luís Augusto, delfim da França, aceitasse se casar comigo.

Achei tudo isso um absurdo, pois tinha apenas 14 anos e só queria ter uma vida normal como qualquer pessoa. Geralmente em famílias reais os pais costumam fazer alianças entre os reinos e casarem seus filhos com essa idade, mas comigo era diferente. Sempre deixei claro para meus pais que não queria me casar antes dos 20 anos, mas meus pais (especialmente minha mãe) discordaram de mim e sempre me disseram que deveria me casar com menos de 18 anos.

Como não podia fazer nada a respeito do casamento, fui obrigada aceitar. Meus pais sempre me acharam preguiçosa, indisciplinada e achavam que eu não tinha conhecimento o suficiente para ser uma rainha, então meu tutor me levou até Viena onde tive aulas sobre religião, história e literatura francesa.

Em junho de 1769 meu casamento foi anunciado. Durante os meses de espera do casamento minha mãe tentou recuperar nossa relação, dividindo seus aposentos comigo nas últimas noites antes de definitivamente ter que partir para a França.

Em abril de 1770 foi realizado meu casamento e a partir desse momento meu nome passou a ser Marie Antoinette, Dauphine de France.

No dia 21 de abril de 1770 deixei permanentemente Viena. Apesar de ter a obrigação de me tornar uma Francesa de corpo e alma, decidi seguir o conselho de mamãe e continuar “sendo uma boa alemã”. Mamãe continuou me enviando cartas dizendo que devia ter fidelidade à Casa d’Áustria. A comemoração do casamento foi no dia 16 de maio”.

Texto de Maria Clara Prado de Toledo


***


Diário de Napoleão Bonaparte


Outono de 1795:

Fui a festa de Paul Barras, um dos membros do Diretório. Estava tudo maravilhoso. Durante o evento, avistei uma bela moça conhecida como Josefina de Beauharnais. Trocamos olhares e risadas, ela era muito graciosa, tanto que chegamos a flertar também.

Ouvi falar que Josefina era viúva e, no contexto violento em que vivemos, estava a ponto de perder a cabeça, mas conseguiu sair da prisão antes disso acontecer.


9 de março de 1796:

O nervosismo tomou conta do meu corpo. Eu estava perdidamente apaixonado por ela! Josefina de Beauharnais, uma viúva encantadora que aceitou o meu pedido de casamento.

Escrevia cartas de amor diariamente a ela depositando todo o meu coração em uma simples folha. Não há limites para a paixão, não há limites para Josefina.


Julho de 1798:

O amor não correspondido por Josefina me doía na alma. Ela me traiu! Eu jamais amei alguém como a amava. Era a mulher da minha vida. O amor machuca quando você menos espera. Foi um golpe baixo, mas decidi retribuir seu ato, traindo-a. Não havia adiantado.

Ela amava um outro alguém, e esse alguém não era eu. A minha cabeça explodia de tristeza e uma raiva interminável me corroía. Eu só queria fugir para Paris, longe dela, eu precisava tirar um tempo para mim.

Estava partindo e ela apareceu, correndo atrás de mim com sua filha. Era tarde demais...as únicas palavras que saíram da minha boca foram: “A traição matou o meu coração e eu jamais serei capaz de amar alguém novamente”. Fui embora com aquilo me pesando. Como alguém faria isso com uma pessoa? Fiquei traumatizado.


14 de dezembro de 1809:

O casamento estava totalmente desgastado. Não havia esperanças para nós, então eu pedi o divórcio deixando ela ainda com o título de imperatriz. Também a deixei com boas condições de vida. Eu ainda sentia carinho por ela, não podia negar, pois se eu negasse eu estaria mentindo a mim mesmo.


Assinado:


Texto de Sarah Zanatta



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